sexta-feira, 29 de agosto de 2014

13º Dia - Paris

Para nos embebermos do espirito de Paris decidimos começar o dia à moda de Paris. Fomos a um café de Paris e pedimos um Pain au Chocolate e um Croissant. Precisávamos  de energia para o dia que se esperava intenso.


Fazer a visita de Paris e ir andando debaixo de terra (no Metro) de um lado para o outro não nos parecia a melhor forma para conhecer a cidade. Paris tem a possibilidade de alugares bicicletas que podes utilizar de forma praticamente gratuita se fizeres utilizações da bicicleta inferiores a 30 min. Assim, podes deslocar-te pela cidade e sempre que chegas ao local que queres visitar estacionas a bicicleta no parque respectivo e vais descansado da vida fazer a tua visita.




Começamos a nossa vista pelo Arco do Triunfo que é um monumento construído para comemorar as vitórias de Napoleão. Nas suas paredes estão gravados os nomes de 128 batalhas e dos generais que nelas participaram. Na base está Túmulo do Soldado Desconhecido com uma chama sempre acesa.



Depois da visita ao ponto histórico, fomos descendo a avenida com as nossas potentes bicicletas. Estava prestes a chegar o momento doce do dia. Sim… Ainda mais doce que o pequeno almoço. Bem mais doce! Para quem desce os Champs Élysées algures a direita encontra-se a mais famosa “patisserie” de Paris. Paragem obrigatória: Ladurée. Fomos provar e comer os deliciosos macarrons. Só de voltar a ver as fotografias começa a crescer água na boca.

As nossas escolhas foram: Pistache, Rose, Vanilla, Chocolat, Menthe Glaciale e Noix de Coco. Mal saímos começamos a comer os macarrons. Cada um melhor que o outro. Desapareceram todos em 2 segundos. Não tarda nada já estou a babar só de pensar. O preferido da A.: Noix de Coco. O meu? TODOS!



Terminado tão delicioso festim e com os níveis de açúcar para lá de atestados continuamos a descer os Champs Élysées e continuamos a nossa visita por Paris.




Place de La Concorde, Grand Palais, Petit Palais, Assemblée Nationale, Jardin Tuileries, bairro de Saint Germain… Fomos andando por onde nos apetecia. Terminamos a nossa visita na Catedral de Notre Dame onde tivemos oportunidade de assistir ao início da Missa.



Para fecharmos com chave de ouro o nosso dia e a nossa Brutal Adventure ainda falta fazer algo muito especial. Não poderia perder esta oportunidade de ir a Pont Des Arts (mais conhecida como ponte dos cadeados) e colocar lá o cadeado. O nosso cadeado. Esta seria a forma mais brutal para terminar a nossa viagem e fechar literalmente com chave de ouro a nossa aventura.





Na cidade mais romântica do mundo, essa é a ponte que inspira ainda mais os casais apaixonados. Reza a lenda que o casal que colocar um cadeado na ponte (com os seus nomes inscritos) e jogar a chave no rio Sena terá um amor eterno. Vejam a quantidade de pessoas que acreditam nesta lenda!

Au revoir..

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

12º Dia - Milão - Paris

Apesar do senhor da estação nos dizer que não havia forma de chegar a Paris nos próximos dias não desistimos. A Brutal Adventures nunca desiste. Esta coisa de viajar sem plano e sem reservas prévias tem destes problemas.

Sabíamos que existia um comboio Munique -> Paris. Poderíamos ir até Munique e depois apanhar o comboio para Paris! Fomos ver se conseguíamos disponibilidade. Também estava esgotado! E agora? Não estava mesmo nada fácil. Todas as alternativas para sair de Milão estavam completamente overbooked!

Começamos à procura de alternativas através da Suiça: Zurique ou Berna. Por este caminho tínhamos de apanhar 4 ou 5 comboios até chegar a Paris. Estes comboios não exigem reserva prévia (excepto Strasbourg->Paris). Verificamos na internet e em princípio havia disponibilidade. As bilheteiras já estavam fechadas e não conseguimos confirmar. Não havia nada a perder. Teríamos de arriscar. Partimos então a aventura: Milão->Chiasso->Zurique-> Strasbourg ->Paris. Este seria o nosso itinerário.

Quando chegamos a Zurique as bilheteiras já estavam abertas. Fomos tentar reservar o comboio de Strasbourg. Quando a senhora da bilheteira nos disse que o comboio da 9:46 Strasbourg->Paris estava esgotado. Foi um balde de água fria… e agora? Outra vez?
Perguntei - No próximo que parte às 11h42 tem disponibilidade? A senhora respondeu: Yes. Ela disse “Yes”?!... Yupieeeeee! Marque lá isso antes que fique esgotado. Não foi fácil. Mas iríamos chegar a Paris às 14:05.

Quando chegamos a Strasbourg até houve tempo para carregar o telemóvel. Bastava pedalar na maquineta e o telemóvel carregava. Ideia engraçada. Já tinha 7023 likes.



O TGV Strasbroug –> Paris acelerou nas horas. Parecia que queria recuperar o tempo perdido. Chegou a atingir 317km/h. Só fotografamos os 312km/h.


Quando chegamos a Paris tratamos de encontrar um lugar onde ficar. Já fazemos isto com uma perna às costas. Foi rápido. Fomos deixar as coisas ao hotel e descansar um pouco. Mais ao final da tarde saímos para visitar o Museu do Louvre. Iríamos aproveitar que às quartas-feiras o museu está aberto até às 21h00. Queríamos ir ao Museu. Depois de termos estado em Atenas e Roma e ter visitado a Acrópole, fórum Romano e Coliseu sabíamos que ali poderíamos encontrar algumas das peças mais belas que outrora pertenceram a essas civilizações.

Já vimos vários documentários e filmes sobre o museu do Louvre, mas... Ficamos impressionadíssimos com o museu e as suas peças. Vale 200% a pena visitar este museu. É absolutamente brutal! Entramos às 18h e saímos eram quase 21h! É fácil perdermo-nos lá dentro com tantas peças e tão bonitas para ver.
Quando imaginamos estas peças colocadas em Atenas ou em Roma, conseguimos ficar ainda mais maravilhados com a beleza e requinte que estes lugares tiveram outrora. A multiplicidade histórica do Louvre é imensa: há peças de várias eras, várias culturas. Roma, França, Mesopotâmia, Grécia, Egipto, Árabes, Orientais…





Já tinha dominado um Leão em Veneza. Agora foi a vez de dominar uma águia. Foi fácil, Fácil...


Já quase ao fim do dia, começamos a ver imensas pessoas sentadas a desenhar a carvão as peças que estavam expostas. Vimos dezenas! Deviam ser estudantes de Belas Artes a preparar trabalhos de curso.


Saímos já era noite. Mas o nosso dia não tinha acabado. Ainda tínhamos uma senhora para visitar e ela certamente já tinha o vestido de noite. Fomos visitar a Torre Eiffel. Queríamos subir ao cimo da torre e confirmar que Paris é realmente a Cidade Luz.



A subida para a torre é impressionante. Ficamos no elevador junto ao vidro. Conforme vai subindo e vês o chão a desaparecer todos os mecanismos de alerta do teu cérebro começam a ficar activos. A mão da A. tremia enquanto tentava filmar a subida. Quando chegamos ao topo a vista é deslumbrante! 360º de luz à tua volta. Nós já estivemos no topo do Empire State Building em New York e da Willis Tower em Chicago. As vistas são incríveis. Ambos têm mais de 300m de altura. Quando estás no topo tens vários outros arranha céus com 200m de altura à tua volta. Em Paris isso não acontece. O edifício mais alto de Paris na proximidade da torre deve ter uns 20m (não me enganei no numero de zeros). A sensação de altitude que tens é brutal.



Assim que descemos conseguimos apanhar o espectáculo de pirilampo da torre! Na passagem do milénio, foi criada uma iluminação especial para a torre, que faz com que a cada hora hajam luzes a piscar durante 5 minutos. Mas o sucesso foi tão grande que acabaram por transformar esse espectáculo permanente. Assim que começa a piscar ouvem-se: “Ohh” e “Ahhh!” e as pessoas batem palmas. Uma alegria! 

O dia foi cheio de emoções fortes. Depois das dificuldades para chegar a Paris nunca imaginaríamos que este dia poderia terminar de forma tão especial. Mas tudo acabou por correr pelo melhor. Até o S. Pedro se manteve tranquilo apesar do tempo nublado.

Au revoir…




quarta-feira, 27 de agosto de 2014

11º Dia - Sirolo

Temos estado nas mais belas praia da Europa (a seguir às Portuguesas, claro!). Estivemos na Côte D’Azur em Nice onde vimos uma palete de tons de azul incrível. A Costa da Ligúria foi o nosso destino seguinte onde mergulhamos em Manarola uma das Cinque Terre. Finalmente, fomos para águas ainda mais quentes na Grécia, onde as praias da ilha da Aegina nos deixaram deslumbrados pelas suas cores e águas cristalinas.

Para completar o cardápio desta viagem faltava mergulhar no mar Adriático. Depois de tantas horas sobre ele a andar de barco, nem um mergulho?!?! Isso não poderia ser. O parque natural da Riviera del Conero  fica a cerca 15 km a sul de Ancona e suas praias de pedra branca são lindíssimas. Não quisemos perder a oportunidade de as ver, sentir e experimentar. Esse foi o motivo por quisemos ficar em Ancona.  

Durante a manhã compramos os nossos bilhetes de autocarro em direcção a Loreto. Queríamos ir até Sirolo para a praia de San Michele. Quando lá chegamos vimos a praia do topo da falésia… Ficamos logo impressionados. O azul esverdeado da água, o branco da praia e o verde da montanha criavam um cenário de filme. “Fabulástico”!




Começamos logo a descer a falésia por caminhos de vegetação alta que aqui e ali permitiam-nos apreciar a vista e garantir que cada vez estávamos mais próximos do nosso mergulho. Quando chegamos à praia… já sabem o que aconteceu… Tchibum!




As águas são tão quentinhas. Não como as gregas. Ficamos mal habituados, mas conseguimos estar várias horas dentro de água a ser embalados pela ondulação do mar. A praia é em pedra branca mais pequenas que as de Nice. Na zona da rebentação das ondas é praticamente areia. Estas praias têm uma particularidade muito curiosa. Durante a tarde ficam na sombra da encosta. Quem quer sol vem durante a manhã, quem quer vir para a praia sem apanhar sol pode vir à tarde.






A saída da praia não é fácil. Os motivos são os suspeitos do costume: água quentinha e paisagens incríveis. O outro é que é necessário subir 120m da encosta íngreme. Nós levamos cerca de 30 minutos. Ufa… mas vale bem a pena.

Almoçamos em Sirolo e a meio da tarde regressamos a Ancona para partir em direcção a Paris. Já adquirimos o bilhete de regresso de avião para Portugal: Paris-Lisboa. Por isso, vamos mesmo ter que enfrentar a chuva.

Na marcação dos comboios para França voltou o problema dos bilhetes esgotados. O fantasma de Ventimiglia voltou. A marcação da viagem para Ancona-Milão não foi problema, mas depois bilhete para Paris é que parece que não há. Só há disponibilidade dentro de 2 dias. Está tudo esgotado! Lindo…. Mesmo assim partimos para Milão. Agora acham que vamos conseguir sair desta? Como?

Quando chegamos ao comboio recebemos logo esta informação. Nós estávamos mesmo do limiar do Sol.



Arriverdeci...